fate x bullshit

Nóias comuns de meninas de classe média com 22 anos na cara que são sustentadas pelos pais.

Não é como se eu tivesse algo a reclamar. É só um sentimento. Algo a ser expressado. Aquele feeling que nos faz questionar: o que é fato, e o que é construído?

Bom, deixa eu me explicar melhor. Já sentiu aquela sensação de que não importa o quanto lutes, algo simplesmente it's meant to be? Não sei. Aquele negócio de acordar e pensar "caralho, eu gosto de fazer arte e morar na praia", e aí você vai à praia, e chove, faz frio, nem os cachorros querem habitar aquela areia, tudo dá errado, e você , coincidentemente, passa naquele Trainee que, supostamente, você sempre sonhou e desejou e pensa "é, acho que morar na praia não era pra mim". E só aceita.
Me pergunto, esses desejos são reais? E quais deles são irreais? Como distinguir algo que está sendo imposto à ti, com um desejo real?

Não sei, talvez seja muito tempo ocioso. Talvez sejam um emaranhados de coisas e sentimentos abstratos e indistinguíveis que habitam dentro da gente e ficamos ignorando em vez de tentar desvendar, who knows?

Difícil negar que quando deitamos a cabeça no travesseiro, certas horas da madrugada, esses pensamentos não nos invadem. A incerteza. Será que as coisas dão errado para que nós insistamos nelas, como prova de força de vontade, ou as coisas dão errado como um sinal que não eram pra acontecer?

Nos forçam a decorar a fórmula de Bhaskara mas não nos ensinam a interpretar sinais que a vida nos dá.

Digo, é o básico, né. Conhecimento de si mesmo e todas essas merdas de auto-ajuda. Não sei. Mesmo.

Citando Mr. Nobody, "as long as you don't choose, everything remains possible". Detesto a tormenta de tomar decisões. Odeio conviver com o resultado delas.

E aí a gente acaba aceitando aqueles papos dos famigerados livros de auto-ajuda anteriormente citados, de que "tudo vai no seu tempo certo" ou essas coisas. Aceitamos isso como uma forma de conforto para não termos que sofrer com o resultado das escolhas de merda que fazemos de vez em quando. Ou para não seguimos nos fazendo questões que não possuem respostas. Para viver uma vida pacífica e ornamentada. Sem grandes perturbações. Aceitando, deixando pra lá. Não vou negar que é ótimo. Creio que daqui a uns anos atingirei um nível de aceitação dessa forma. Nada "fútil" ou desnecessário me perturbará. Várias coisas já não me perturbam mais, inclusive. Uma falsa sensação de paz. Uma pintura linda que eu escolhi. Ignorance is bliss. 

Nascemos ignorantes, nos tornamos meramente conhecedores apenas para ter a certeza de que é melhor voltar ao início.

Que clichê.

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